segunda-feira, 24 de novembro de 2008

domingo, 23 de novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

LINOGRAVURA


1- A linogravura é um tipo de gravura que se obtém escavando o linóleo (composto por cortiça pulverizada, óleo de linhaça e corantes sobre um suporte em tela de juta), o qual é fácil de trabalhar devido à sua superfície macia.

2 - O desenho é copiado para o linóleo, não esquecendo que, na impressão a imagem ficará invertida.

3 - O desenho é escavado no linóleo com a utilização de goivas.
Escavam-se as linhas com uma goiva em forma de V, desbastando as zonas maiores com uma goiva em forma de U.

4 - Depois do desenho escavado, o linóleo é tintado com um rolo e em seguida é tirada a prova em papel, tecido, etc... com ajuda de uma prensa vertical ou manualmente pressionando com um rolo limpo ou uma colher de pau.

5 - A superfície sulcada do desenho conserva-se branca.

Técnicas Indirectas

São aquelas em que se torna necessária a utilização de um meio para gravar. É utilizado um mordente durante um tempo determinado, a fim de corroer a superfície do metal que não está protegida por verniz, formando-se em baixo relevo o desenho pretendido.

Água-forte
(gravura de linha)
Técnica química de gravura para realizar desenhos em relevo sobre metal. A chapa de metal é coberta com uma substância resistente ao ácido chamada verniz (composto de cera, betume e resina) através da qual se faz um desenho com uma ponta seca. A chapa é então exposta á acção de um ácido que corrói as áreas não protegidas pelo verniz. Depois da chapa gravada e limpa, tinta-se, elimina-se o excesso de tinta e imprime-se sobre uma folha de papel previamente humedecida. Através da pressão conseguida com a ajuda de uma prensa de gravura, o desenho gravado sobre o metal passa para o papel produzindo-se, assim, uma prova de gravura. Repetindo o processo com a chapa novamente tintada obtemos uma quantidade limitada e numerada de provas de gravura, que constituem a edição.


Água tinta
(valores de claro-escuro obtidos através do pó da resina)
Técnica que permite criar no desenho zonas tonais ou sombras, imitando uma aguada. É utilizada uma resina fina que se espalha uniformemente sobre a chapa com a ajuda da caixa de resinas, ou, em alternativa, à mão.
Esta resina é depois fundida através da acção calor, actuando como protectora ao ácido. O ácido actua apenas sobre o metal exposto entre as partículas da resina fundida, produzindo distintos valores tonais que variam consoante o tamanho das partículas de resina e os tempos de exposição ao ácido. A superfície obtida é uma superfície áspera, susceptível de ser manipulada com o brunidor, para recuperar brancos ou obter gradações.

Água tinta de açúcar
(desenho em positivo)
É uma técnica cujo resultado na impressão sobre papel tem a particularidade de se aproximar dos valores da aguada ou da aguarela, permitindo simultaneamente a produção de um desenho livre e expontâneo. Primeiro, desenha-se ou pincela-se com uma pasta que resulta de uma mistura de açúcar, tinta-da-china, detergente e água deixando-se depois secar completamente. Quando seca é coberta por uma solução fraca de betume judaico diluído em essência de terebentina. Deixa-se secar novamente e então com cuidado e persistência lava-se a chapa passando sobre ela a mão em movimentos regulares até que a zona do desenho de açúcar se vai soltando, deixando portanto, estas zonas abertas, prontas para a resina de água tinta e para a corrosão pelo ácido.

Verniz mole
(obtenção de texturas por decalque)
O verniz mole é uma técnica que pode ser utilizada principalmente de duas formas diferentes:
-ou na produção do efeito crayon, quando se trata do desenho de linhas ou traços, imitando a especificidade do desenho a lápis ou crayon.
-ou na gravação de texturas, podendo aqui ser utilizada uma diversidade de materiais, como sejam os tecidos, elementos vegetais, folha metálica, etc.
Em qualquer dos casos, a chapa é revestida por uma fina camada de verniz que não seca. Para obter o efeito crayon, coloca-se então uma folha de papel sobre a chapa já revestida e desenha-se abrindo facilmente sulcos sobre o verniz. Leva-se a chapa ao ácido. Para a gravação das texturas, estas são colocadas sobre o verniz e passam na prensa medianamente apertada com um acetato sobre a chapa para protecção dos feltros. Pode e deve-se utilizar um feltro antigo para esta técnica.


Técnicas Directas

São aquelas em que a gravação é feita directamente sobre a chapa de metal com a ajuda de ferramentas diversas que produzem sulcos, talhes ou rebarbas, determinando a imagem gravada, sem necessidade de levar a chapa ao ácido:

Buril
É uma técnica de gravação de linha ou de traço que requer grande destreza no uso do seu instrumento específico, o buril. Este provoca uma linha de grande nitidez, com um começo e final fino, sendo a parte central mais grossa devido, não só à pressão sobre o metal mas também ao seu próprio formato.

Ponta Seca
A ponta seca dá igualmente origem à gravação de traços. O instrumento aqui utilizado chama-se, tal como a técnica - ponta seca - e deve ser de aço duro com a ponta cónica. A especial particularidade desta técnica é a criação de rebarbas no metal à medida que se vão gravando os traços, o que torna essas linhas muito expressivas e a técnica facilmente identificável.

Maneira negra ou Mezzotinta
Esta é uma técnica de gravação da mancha. O Berceau, instrumento utilizado para a realização desta técnica possui uma parte metálica curvada e dentada que por meio de um movimento de vaivém provoca a gravação de estrias na chapa de metal. Este movimento é repetido em vários sentidos na totalidade da chapa. Quando tintada, depois de trabalhada com berceau, a impressão resulta numa mancha densa. O brunidor e o rascador são outros instrumentos imprescindíveis, depois utilizados para alisar essas estrias dando origem à criação de várias tonalidades de brancos na imagem final.